Estabelecida desde 1969, em Itacoatiara/AM, às margens da rodovia AM-010, a Agropecuária Aruanã iniciou suas atividades com a implantação de pastagens para criação de gado. Detentor de um imóvel de 12 mil hectares, tinha como plano original usufruir de 6 mil ha (50% do imóvel, que na época o código florestal permitia essa proporção de Área de Uso Múltiplo – AUM). No entanto, depois de transformar 1,5 mil ha em pastagens, a Aruanã decidiu, voluntariamente, cessar a atividade pecuária e iniciar um processo inverso: reflorestamento com castanheiras (Bertholletia excelsa).

Com aproximadamente 1,4 mil hectares de plantios de, principalmente, castanheiras e alguns “perímetros” (talhões) de outras espécies, como: cumaru (Dipteryx odorata). A propriedade detém o maior reflorestamento de castanheiras do Amazonas (possivelmente, do Brasil). O principal escopo do projeto é a geração de créditos de carbono por: a. Emissões Evitadas (renúncia do direito de desmatar a AUM); b. Emissões Reduzidas (mudança do uso da terra, de pasto para florestas); e c. Emissões Sequestradas (estoque dos plantios excedem o estoque original). A mera continuidade das atividades de colheita de amêndoas, mesmo sem a receita proveniente dos créditos de carbono, comprova que projetos REDD+ bem feitos produzem excelentes resultados, com baixo risco e retornos econômicos atrativos.